sábado, 28 de abril de 2012


Que o que eu preciso para sobreviver não é fogo de Gale, aceso, com raiva e ódio. 
Eu tenho fogo suficiente sozinha. 
O que eu preciso é o dente-de-leão na primavera. 
O amarelo brilhante que significa o renascimento, em vez de
destruição. A promessa de que a vida pode continuar, não importa quão ruim foram
as nossas perdas. Isso pode ser bom novamente. 
E só Peeta pode me dar isso.

Jogos vorazes 3 - A esperança

quinta-feira, 26 de abril de 2012


 
"Esquece essa gente pequena, dona moça. Não é todo mundo que guarda no peito, um baú feito o seu, cheio de inspiração, flores, cores e delicadezas. Tem gente que transforma o que passou, em mágoa. Feliz é você, dona moça, que pega o que restou do passado e transforma em poesia."

 (Karla Tabalipa)


O tempo não para e, no entanto, ele nunca envelhece. Igualzinho acontece com os verdadeiros encontros de amor...
 

quarta-feira, 25 de abril de 2012


ISSO É IMPOSSIVEL? 

- Só, se você acreditar que é. (Alice no País das Maravilhas)


"Agora não havia choros para enxugar, o desespero era todo dentro, 
os olhos estavam secos."
(José Saramago´)

terça-feira, 24 de abril de 2012

MF

Deixa que a loucura escorra em tuas veias.
E quando te ferirem, deixa que o sangue jorre enlouquecendo também os que te feriram......

Caio F. )

preste atenção, ela disse, ao abrir para mim a porta de sua casa: - o que a gente sonha aqui, tende a acontecer. Pensei que é preciso ter coragem para morar em um lugar assim, onde o que se sonha passa a existir. Precisa ter muita certeza do seu sonho." Alice Ruiz, in Pássaros.

"Que você volte depressa, que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho, e chore, se arrependa
E pense muito que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho, 
Tomara que a tristeza te convença, que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz, e o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama, que não se desfaz
E a coisa mais divina, que há no mundo
É viver cada segundo, como nunca mais."
(Vinícius de Moraes)




Quando você pede a uma Estrela, Não importa onde esteja, Aquilo que seu coração deseja, virá para você... 

Walt Disney

O amor me fere é debaixo do braço,
de um vão entre as costelas.
Atinge o meu coração é por esta via inclinada.
Eu ponho o amor no pilão com cinza
e grão de roxo e soco. Macero ele,
faço dele cataplasma
e ponho sobre a ferida.

domingo, 22 de abril de 2012








"Minha alma é um bolso onde guardo minhas memórias vivas. Memórias vivas são aquelas que continuam presentes no corpo. Uma vez lembradas, o corpo ri, chora, comove-se, dança..." 

Adélia Prado

sábado, 21 de abril de 2012




Parada, calada... Ela pensava...Tentava encontrar um motivo, um único que fosse, que justificasse a distância vazia que se instalou entre eles... Distância nunca havia sido problema, sempre estiveram próximos, a despeito de todas as ausências... Nunca se sentiram tão próximos de alguém, ainda que nem sempre estivessem juntos...Não era a distância mas o distanciamento que a fazia muda naquele momento, tentando encontrar a “razão” que ecoava em seu pensamento...O estranho é que o instante que estavam mais distantes era também o que mais se sentiam perto. Separados, distantes, ligados...! Ela se perdia, sem palavras, nesse paradoxo... não conseguia entender, universo paralelo do seu mundo, quanto mais queria fugir mais ele permanecia ali... o sentia tão dentro, sem gestos ou palavras tão distante... e ainda assim, tão presente, tão menino... Aquele mesmo menino que a olhava tão fundo, mesmo tão longe ela podia sentir aquele olhar, era como se ela entrasse nos sonhos dele, como se lesse o silêncio e atravessasse o vazio, para simplesmente, sentir o que ele tão quieto tinha tanto medo de dizer... Era como se enxergasse suas próprias fraquezas nas fragilidades dele... Sentia-se nele e a despeito de todos os desencontros os caminhos permaneciam...



Não me importa a palavra, esta corriqueira.Quero é o esplêndido caos de onde emerge a sintaxe,os sítios escuros onde nasce o "de", o "aliás",o "o", o "porém" e o "que", esta incompreensívelmuleta que me apóia.Quem entender a linguagem entende Deuscujo Filho é Verbo. Morre quem entender.A palavra é disfarce de uma coisa mais grave, surda-muda,foi inventada para ser calada.Em momentos de graça, infreqüentíssimos,se poderá apanhá-la: um peixe vivo com a mão.Puro susto e terror.    Adélia Prado



sexta-feira, 20 de abril de 2012




"Dor não tem nada a ver com amargura. Acho que tudo que acontece é feito pra gente aprender cada vez mais, é pra ensinar a gente a viver. Desdobrável. Cada dia mais rica de humanidade..."
Adélia Prado



"O sonho encheu a noite, extravasou pro meu dia, encheu minha vida


. E é dele que eu vou viver, porque sonho não morre."


Adélia Prado

Vem de antes do sol a luz que em tua pupila me desenha. Aceito amar-me assim, refletida no olhar com que me vês.
Adélia Prado

quinta-feira, 19 de abril de 2012











“O que a memória ama fica eterno. 

Te amo com a memória, imperecível."



Adélia Prado


“Me concedo o direito de não me sentir responsável por aquele que cativo.
 Me sinto grata, mas responsável é demais.”
(Martha Medeiros)


"Fui dormir umas vezes tão feliz, que, se 
soubesse minha força, levitava. 
Em outras, tanta foi a tristeza que fiz versos."
(Adélia Prado)

quarta-feira, 18 de abril de 2012





Não desiste de mim. Por trás de tanta indecisão tem alguém que precisa de companhia mesmo fingindo que não. Tem alguém que odeia todo mundo num segundo e chora de saudades de todos no segundo seguinte. E de você principalmente.



"Não era amada? Não, certamente não. Mas continuaria amando amando amando até - morrer, não. Até viver de amor."

terça-feira, 17 de abril de 2012



Mas dirás assim, por exemplo, como você sabe, a gente, as pessoas infelizmente têm, temos, essa coisa, as emoções, mas te deténs, infelizmente? o outro talvez perguntaria por que infelizmente? então dirás rápido, para não te desviares demasiado do que estabeleceste, qualquer coisa como seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente, insistirás, infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos 
- emoções.
Caio F Abreu


Eu tinha vivido alguns anos e era louco por uma "guria " com quem trocava olhares, não mais que isso. Ela era o legítimo "muita areia pró meu caminhão" e jamais acreditei que pudesse vir a se interessar por mim, o que me deixava ainda mais apaixonado, claro. Librianos adoram um amor impossível......
Então chegou o dia do meu aniversário. No final da manhã eu estava em casa, contando os minutos para uma festa que daria à noite, quando um querido amigo la do Sul apareceu com um cartão nas mãos, dizendo que tinha encontrado embaixo da porta da casa . Abri e fiquei azul, verde, laranja: era dela! Corri para o telefone e liguei para a meu melhor amigo. "Que trote bobo, você quase me mata de susto, pensa que não sei que foi você que escreveu o cartão?" Ele jurou por todos os santos que não. Liguei para outra amiga. "A letra é igual a sua, eu sei que foi você!" Não tinha sido. Liguei para uma outra amiga : "Você acha que eu vou acreditar que uma menina tao linda que nunca me disse bom dia veio até aqui largar um cartão amoroso desses?" Ela me recomendou terapia. bom, diante de tantas negativas, só me restou pensar: "Outra
hora eu descubro quem é que está tirando uma comigo".
E esqueci o assunto.
Semanas depois estava caminhando na praia onde morava quando encontrei a dita cujo. Ela resmungou um oi, eu devolvi outro oi, e então ela perguntou se eu havia recebido o cartão de aniversário. Minha pressão caiu, minhas pernas fraquejaram, eu só pensava: mas que idiota eu fui! O que iria responder? "Recebi, mas jamais passaria pela minha cabeça que uma " guria " espetacular como você, que pode ter o homem que escolher, fosse entrar numa papelaria, comprar um cartão, escrever um texto caprichado, depois descobrir meu endereço e então pegar o carro, ir até a minha rua, colocar o envelope embaixo da porta feito uma louca , e aí voltar para casa e aguardar meu telefonema. Olhe bem pra mim, eu não mereço tanto empenho."
Respondi: "Que cartão?"
Ela soltou um "deixa pra lá" e foi embora naquele fim de tarde na praia , molhada de mar se sentindo o mais esnobada das mulheres . E assim terminou uma linda história de amor que nunca começou. Anos depois nos encontramos casualmente e tivemos um rapidíssimo affair, mais aí já não éramos os mesmos, não havia clima, ficamos juntos apenas para ver como teria sido se. Vimos.
E não escutamos sinos, não fomos flechados pelo Cupido. Cada um voltou para a sua vida e nunca mais tivemos notícia um do outro.
Contei essa história para uma amiga outro dia e ela comentou que conhecia outras homens e mulheres assim. Epa, assim como? Ora, assim medrosos, desconfiados, temendo pagar micos diante da vulnerabilidade que toda paixão provoca. Ela estava certa. Era assim mesmo que eu me sentia aos dezessete anos: medrosa e incapaz de levar um grande amor adiante. Quando recebi o tal cartão, deveria ter ligado imediatamente para a menina encantada para agradecer e convidá-la para a festa.....


E se ela tivesse dito: "Que cartão?"
Eu responderia: "Deixa pra lá, mas venha à festa assim mesmo". E então eu assumiria as consequências, não importa quais fossem. O nomezinho disso: vida. É sempre uma incógnita, portanto não vale a pena tentar fugir das decepções ou dos êxtases, eles nos assaltarão onde estivermos. Se você for uma pessoa boba como eu fui, acorde. Ninguém é muita areia pra ninguém. Pessoas aparentemente especiais se apaixonam por outras aparentemente banais e isso não é um trote, não é uma pegadinha, não é nada além do que é: um inesperado presente da vida,

que todos nós merecemos.



E é no jogo bobo e repetido que vai se revelando:
o que passa, o que vem para ficar, o que é só caminho, o que é lugar para morar.

respirou fundo. Morangos, mangas maduras, monóxido de carbono,
pólen, jasmins nas varandas dos subúrbios.
O vento jogou seus cabelos ruivos sobre a cara.
Sacudiu a cabeça para afastá-los e saiu andando lenta em busca de uma rua sem carros, de uma rua com árvores, uma rua em silêncio onde pudesse caminhar devagar e sozinha até em casa.
Sem pensar em nada, sem nenhuma amargura, uma vaga saudade, rejeição, rancor ou melancolia. Nada por dentro e por fora além daquele quase-novembro, daquele sábado, daquele vento, daquele céu azul - daquela não-dor, afinal.
(Caio Fernando Abreu)

segunda-feira, 16 de abril de 2012


“Só quero que você me aqueça nesse inverno
E que tudo mais vá pro inferno” ♫ ♪


Sobretudo, tenho certeza de que AMOR está nos detalhes e as coisas simples são as melhores. Taí uma dessas velhas e surradas sabedorias que a gente teima em esquecer.......




"Se você tivesse chegado antes, eu não teria notado. Se demorasse um pouco mais, eu não teria esperado… Mas já que você chegou no momento certo, vou te pedir que fique."



/Caio Fernando de Abreu.

sexta-feira, 13 de abril de 2012


Quando a gente gosta, a gente começa emprestando um livro, depois um casaco, um guarda-chuva, até que somos mais emprestados do que devolvidos.…
Gostar é não devolver, é se endividar de lembranças.

Fabrício Carpinejar